24 de junho de 2010

Acreditar


Costumava acreditar em Deus. Também acreditava no Céu e no Inferno. Cheguei a acreditar no amor. Essas crenças acabaram por se revelar sem sentido. Porque, se Deus existe e está em todo o lado, então eu não estou em lado algum, porque não o sinto comigo. Porque não há Céu nem Inferno melhor ou pior que aquele que possamos construir com as nossas próprias mãos. Porque amar é muito mais do que palavras, é... Amar, com todas as letras e sentidos.

Mas, se todas estas crenças caíram por terra, afinal no quê que poderei efectivamente acreditar? No quê? O que é que conseguirá resistir a todas as provas em busca de uma verdade? O que será que me vai fazer acreditar em algo de novo? Tudo perguntas sem respostas. Até agora.

Certezas? Apenas de que estou aqui, assim, e em tudo o resto que posso ver, tocar, saborear. Objectivos? Fortalecer esta enorme vontade de voltar a acreditar no amor. Porque sim. Porque quero. Porque o resto não é tão saboroso sem essa crença. Porque tudo o resto me parece apenas um plano secundário na acção da minha vida.

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