18 de julho de 2010


Saudade. Sete letras, três sílabas, uma palavra, a constituição essencial da dor da ausência. Quando tudo fica por explicar, quando nada se avizinha fácil, é ela a companheira da solidão. É a saudade, esta saudade, toda ela, que acompanha os pedaços das histórias perdidas no tempo. É esta saudade que retrai, que atrasa, que mantém o espírito preso a algo que passou, que importou e continua a importar. E, no fim de contas, a esperança que resta reside na possibilidade de um outro começo.

16 de julho de 2010


A ausência
A memória
A presença
A minha droga
O dia, a noite
Frio, distante.

O ontem.
A presença
O cheiro
O sabor
O toque
Em mim.

O hoje
A distância
A sensação
A quase saudade
O vazio
De ti

O amanhã
A incógnita
O desconhecido
A hipótese
O verso da moeda
Em branco

15 de julho de 2010

Imperfeição


"Depois tu desligas, encolhes os ombros e vês no espelho o homem que pensas que és e não percebes como é que eu vejo outro homem em ti, apesar de todos os teus defeitos."

13 de julho de 2010

More than words


Saying 'I Love you'
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you not to say
But if you only knew
How easy it would be to show me how you feel

More than words
Is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know

What would you do if my heart was torn in two?

More than words to show you feel
That your love for me is real

What would you say if I took those words away?

Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'

More than words

Now that I've tried to
Talk to you and make you understand
All you have to do is
Close your eyes and just reach out your hands
And touch me, hold me close
Don't ever let me go

More than words
Is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say
That you love me 'cause I'd already know

What would you do if my heart was torn in two?

More than words to show you feel
That your love for me is real

What would you say if I took those words away?

Then you couldn't make things new
Just by saying 'I love you'

Extreme, More Than Words

12 de julho de 2010

Lamento imenso

Apesar de:
-tentarem mandar-me abaixo;
-denegrirem a minha imagem;
-fazerem-me passar mal;
-desapontarem-me à grande;
-quase me levarem à automutilação;
-tirarem-me a vontade de comer;
-reduzirem a grande força que tenho para continuar a lutar;
-abandonarem-me a meio de qualquer coisa que efectivamente existia;
- de deixarem a minha alminha à mercê das forças mais mafiosas que possam eventualmente existir.
Lamento, mas continuo um charme. Roam-se de inveja.

11 de julho de 2010

Tempo


O tempo vai passando e com ele traz o peso de responsabilidades acrescidas, da expectativa que recai sobre nós, bem como tudo aquilo de bom e mau que já possa ter acontecido. É assim mesmo, e esquecer o que de mau passou é como esquecer os melhores momentos da nossa vida: impossível.
A memória permanece. Com ela, ficam os pequenos apontamentos mentais disto e daquilo, de espaços, pessoas, palavras, enfim, daquilo que realmente nos toca e mexe em nós como personalidades pensantes, que nos torna aquilo que realmente somos no íntimo. É esta memória que tanto nos conforta como nos deixa em baixo, pelos melhores e pelos piores motivos. É esta memória que pesa, no bom e no mau sentido.
A inspiração falta. Algumas vezes por haver demasiados assuntos por resolver. Muitas vezes por não haver nada que possa efectivamente ser resolvido. Demasiadas vezes por falta de coragem para encarar a realidade.
É tão difícil fechar os olhos e ver exactamente aquilo que se tenta evitar a todo o custo. Igualmente difícil é admitir que errámos, que fizemos a escolha menos acertada possível, que estamos mal por isso, que a culpa é inteiramente nossa. É doloroso estar rodeado de sons, cores, pessoas e, no entanto, tudo parecer complicadamente monótono, exageradamente solitário.
Apesar de tudo, o tempo cura. É ele que permite sarar todas as feridas deixadas pela vida, pela mágoa, pelo desgosto, pela desilusão, e é ele que faz permancer a memória, para o bem e para o mal. O resto são palavras soltas.

1 de julho de 2010

Desilusões e outras coisas acabadas em "ões"

Aqui estou eu, confortavelmente sentada, a pensar na vida. E na puta da ironia do destino. E a rogar pragas (para mim própria...). E a morder os dedos para não me passar definitivamente. Isto porquê? Ai Jasus, muito mau era da minha parte de revela-se aqui tudo, certo?!

A modos que a coisa reza mais ou menos desta maneira: Ana Filipa (eu, portanto...) é um desastre. É. E ponto final. Porque se não fosse não estava aqui a nadar num balde de água fria. Porque se não fosse não tinha caído na cantiga do bandido pela 10000000000000ª vez. Porque se não fosse não me tinha importado com nada daquilo com que efectivamente me importei. Mas pronto, não há de ser nada (belo português que me saiu agora...).

Uma coisa é certa: o que não mata engorda (aposto que aquela caixa de creme de leite condensado com chocolate surtiu os seus efeitos no meu traseiro...), assim como o que não mata torna-nos mais fortes (e a comer creme de leite condensado, já estou mais "forte", oh oh). Que giro.

Não quer com isto dizer que esteja chateada. Não não, nem pensar. Aliás, tudo na vida tem um propósito. Desta vez, foi mesmo a tentativa da vida de me abrir os olhos, porque eu ainda tenho os olhos meio fechados (ou será meio abertos?) e deixo-me enganar e espezinhar com alguma facilidade e mau jeito. Para além disso, foi-me possível confirmar uma antiga teoria minha, muito interessante claro, e que talvez partilhe mais tarde (é que agora podia parecer mal...)

Tendo em conta as circunstâncias, e depois deste meu desabafo algo revelador mas obscuro, é importante que refira que não guardo ressentimentos. Isso é uma coisa muito feia! Tudo dito, ou pelo menos algumas coisas, a única coisa que espero é alguma sinceridade. Mai'nada.