23 de março de 2010

"Ah e tal, é jovem, não pensa" o tanas

Pois é, esta criaturinha hoje pensou muito. Algumas partes filosóficas, outras que partem da essência do tom do meu cabelo. Ora passo a descrever.
Fartei-me de dormir. Acordei, abri os estores, olhei lá para fora e zumba, um solinho lindo. Pensei que aquele solinho que me estava a bater nas bochechas só podia ser presságio de um dia bom (pois, pensei eu!). Arrumei as divisões do sono desta habitação, sentei-me a estudar para o último teste deste maravilhoso período lectivo e, de seguida, fui comer a minha sopinha de feijão com massinhas cotovelo, pocha que estava mesmo gostosa (os parabéns à respectiva cozinheira).
Até aqui tudo regular, pensa quem lê e pensei eu também. O problema começou de seguida. Tal e qual as pessoas comuns, com que nos cruzamos todos os dias por essas ruas fora, também eu tive de me preparar para ir para aquele sítiozeco detestável onde, dizem as más línguas, se leccionam os conteúdos necessários à formação de um indivíduo na sociedade contemporânea. Pois é, hoje, que merda, nada parecia assentar bem. Aliás, tenho quase a certeza que nada me acentou bem hoje. Vesti, despi, vesti, despi, voltei a vestir e a despir de seguida. Já estava à beira de um ataque de nervos quando decidi que o mais sensato na minha parte seria vestir umas leggins simplérrimas e enfiar um vestido bem largo, para nem me aperceber do quão mal julgo estar hoje. Assim fiz. Ufa, que alívio que foi.
Lá sai de casa a muito custo, fui e tal, as aulas foram o do costume, nem preciso dizer como e, finalmente, depois de alguns ataques de riso à pala do "gajo de gajas" que é o Carlos da Maia, aquele d'Os Maias, daquele dito cujo, o Eça de Queirós, por fim, finalmente, para terminar, (que beleza de frase) a campainha assinalou as 18.30 horas. Lá fui eu, o mais rápido que consegui, em direcção ao meu meio de transporte do costume.
Entretanto, vinha eu ali a subir as ditas escadas partilhadas deste imóvel, condomínio habitado por 6 famílias de classe média e a pensar (não vou relevar porquê porque alguém me pode entender e não me apetece explicar o porquê de tal estupidez) que realmente é verdade o que dizem das loiras. Dizem essas bocas porcas que andam por aí, bem como as outras que não são porcas, que os homens gostam muito de loiras mas quando chega a altura de uma relação séria preferem as morenas (esta doeu muito, foi sentida!). Pois, o que eu pensei foi: FUCK, detesto morenas. E loiras. E ruivas. E albinas também, não pensem que se escapam. Aliás, detesto a concorrência em geral. Sem ofensa a nenhum dos grupos citados. É que não é justo eu, A. Filipa, ficar sempre a chuchar no dedo à pala desta sociedade viciada. Mas depois, enquanto cantava GTA, dos meus estimadissímos doninha, lembrei-me que podia ser pior. Bem pior mesmo. Pior era se em vez de morena ou loira ou whatever fosse um homem, daqueles homens com pêlos por todo o lado, homens, homens, topam, homens!
Ai pobre loira, quem te dera ser morena hoje, não era? Esse cabelo lindo, bem tratado, absolutamente maravilhoso, só te fode o esquema. Querias bebé, querias tu ser morena, ser a morena, a tal da morena! Agora assume a tua posição na sociedade e revolta-te A. Filipa, revolta-te! Vai-te a eles! Deste modo, vagamente, o sentimento é


Ham? TIO
(ahahahahahaha, possessa!)

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