12 de fevereiro de 2010

Algumas razões para detestar o dia de São Valentim


É importante referir que, para mim, o dia dos namorados é como comer bróculos: só bem passados no meio de uma sopa com muitos legumes, para que não se consiga perceber que eles lá estão sequer. O melhor era mesmo um mundo sem bróculos (ou sem dia dos namorados, como queiram entender as coisas, don’t matter), mas já que temos de levar com eles, ao menos que não tenhamos de os saborear no meio da sopa. Bem espapaçados é que eles estão bem, pelo menos eu acho.

Outra das minhas desconfianças tem algo que ver com marketing. Em geral, os dias que se inventaram para se vender mais (como o dia da mãe, o dia do pai, o dia dos avós, o dia do gato ou o do periquito, isto há dias para todos os gostos) são me algo desagradáveis, já que muito boa gente só se lembra das pessoas nesses dias do ano, enquanto se devia lembrar delas todos os dias, mas também não sou ninguém para as criticar, verdade seja dita. O dia dos namorados então, é aquele que não consegue cair nas minhas graças de maneira nenhuma. Porquê? Não sei, mas desconfio que é por os casalinhos só serem realmente felizes neste dia, o resto do ano é só andar às cabeçadas e meter cabeças, se é que me faço entender. Por outro lado, e ainda falando do mercado consumista, detesto muito solenemente aquelas almofadinhas a dizer I Love You ou Amo-te ou Lálálálálálá não interessa, bem como as canecas, as canetas, aquelas cócózices todas que se vendem por estes dias, já para não falar dos peluches. É que põem coisas tão pirosas em peluches tão fofinhos, tão lindos, tão maravilhosos que até acho isso um verdadeiro crime.

Para além disto, porque que não há um dia oficial para os solteiros, ham? Porquê pah? Ham? Que raio de discriminação é esta? Isto há dias para tudo e não há um dia para os solteiros e desimpedidos porquê? Vou mesmo propor que se arranje ai um dia qualquer para os solteiros. Ah, e que, de preferência, seja feriado, daqueles móveis, que dê para fazer ponte todos os anos e que nunca calhe ao fim de semana.

Por outro lado, e agora numa onda mais soft (lamento imenso) mas este dia deixa-me deprimida. É que isto que estar sozinha não é fácil. Eu sei, eu sei, já me disseram, (até a minha própria mãe…) que só estou sozinha porque quero. Mas não deixa de ser difícil (especialmente quando considero certos factos da minha situação actual). É como se fosse um menino rechonchudinho na escola primária, fico sempre triste por passar por estes momentos sozinha. Pronto, eu sei que é mariquice, mas sou sensível a estas coisas…

Enfim, parvoíce ou não, estas coisas deixam-me algo coisinha, nada a fazer. Tenho sempre o Carnaval para compensar o desgosto.

Sem comentários:

Enviar um comentário